O Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras Sergio Henrique Miorin, foi entrevistado pela reportagem do Jornal de Jundiaí em matéria publicada no dia 24 de Março de 2014. A matéria trata do aumento da oferta de emprego na cidade de Jundiaí nos últimos 10 anos, destacando a atuação do setor de serviços na cidade que superou até mesmo a industria na oferta de vagas de emprego formal.
Mas de 28 mil vagas de emprego forma abertas em um período de dez anos representam o crescimento do setor terciário em Jundiaí, à frente inclusive da indústria com pouco mais de 19,1 mil postos criados na década, e também do comércio, responsável por por cerca de 18 mil oportunidades. Ao todo, o mercado de trabalho jundiaiense empregou 69.090 trabalhadores, nos mais diversos setores, neste mesmo período de tempo, e tem números que ultrapassam as médias estadual e nacional: a cidade conta com 450 postos de trabalho para cada grupo de mil habitantes, enquanto os índices do estado e do pais são, respectivamente, de 293 e 202 vagas para cada mil habitantes.
“Jundiaí é uma cidade com crescimento pujante e o setor de serviços engloba muita coisa. Desde profissionais da área da saúde, por exemplo, até logística é uma prestação de serviço”. Aponta o Economista Gildo Canteli. Segundo ele, o mercado terciário tem gerado boas oportunidades não só de emprego formal como também para micros e pequenos empreendedores – o índice de abertura de empresas é crescente e expressivo – em cinco anos, Jundiaí ganhou mais de 17 mil novos negócios, de acordo com estatísticas da Junta Comercial.
“Há dez anos, 70% dos empregos eram ofertados pela industria e 30% pel, somente, por serviços. Hoje essa realidade virou 18 graus e 70% são para prestação de serviços”. Considera o professor de gestão de pessoas da Escola de Negócios da fundação Getúlio Vargas (IBE-FGV) Sergio Miorin. A terceirização de atividades adotada principalmente por grandes empresas, segundo o professor, acabou gerando oportunidades e modificando o cenário como um todo. “Serviços de portaria, segurança, meio ambiente e até mesmo de engenharia de algumas montadoras de veículos, hoje, são feitos por prestadores de serviço qualificados em cada segmento. Isso gera redução de custos para a companhia”, analisa.
Com duas décadas de atuação a LGM Prestação de Serviços gera atualmente 1,2 mil vagas de emprego formal. E, lá atrás, o setor terciário foi para o empresário Geraldo Gilberto Dias a grande chance de ser dono do prórpio negócio. “Jundiaí tinha pouca empresa especializada na terceirização quando resolvemos investir. Nosso crescimento foi rápido”, conta, explicando que a empresa atende setores de controle de acessos (portaria), limpeza, jardinagem e serviços gerais. “Identificamos a oportunidade e entremos no mercado com diferenciais como treinamento da nossa equipe e supervisão do serviço desempenhado pelos nossos colaboradores”, reforça.
Hoje o desafio encarado pela LGM tem relação com a falta de mão de obra qualificada. “Mesmo quando a gente de dispõe a treinar o pessoal, ainda falta pessoal para trabalhar, não damos conta da demanda”, pontua Dias. em 2012, a LGM cresceu 10%. Já no ano passado, ficou estagnada . “Foi pela falta de mão de obra”, completa.
O problema também é enfrentado pelos proprietários da Scalla Lavanderia, Maria das Graças Novelli e Antonio Carlos Novelli, que prezam pela excelência da qualidade do serviços e do atendimento, imprescindível para quem atua no setor terciário. Os 19 funcionários do local passam por rígido treinamento três vezes ao ano.
Com trajetória no mercado jundiaiense desde o fim da década de 1990, a Scalla é exemplo de sucesso no setor de serviços. A terceira unidade foi inaugurada em Dezembro de 2013 e reflete bem o ótimo momento da cidade. “Hoje as pessoas mandam tudo para lavar, até mesmo roupa de cama mesa e banho”, diz Graça, contando que a Scalla tem um serviço de ‘delivery’ de muito peso nos números da lavanderia. “Na época. trocamos a capital por Jundiaí e identificamos um a lacuna nessa área de prestação de serviços. Investimos e fomos muito bem recebidos pelo mercado.”
Gerente regional do ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Jundiaí, Roque de Camargo Junior destaca o mercado aquecido. “O número de vagas aumentou expressivamente e a formação e preparo dos profissionais não acompanhou esse ritmo. É por isso que enfrentamos tanta falta de mão de obra”, considera.
Veja abaixo como a matéria foi publicada no dia 24/03/2014:
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